terça-feira, 31 de março de 2009

EUA e Argentina ajudam Brasil a consolidar turismo gay

Florianópolis) Trocar experiências, aprender com quem já é um sucesso no ramo e mais: agregar parceiros. Foi essa a receita deixada pelos debates do VI Fórum Internacional de Turismo GLS e do Encontro Internacional de Turismo GLS realizado em Florianópolis, entre os dias 27 e 29 de março.
Com promoção da Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes (ABRAT), Associação Internacional de Turismo Gay e Lésbico (IGLTA) e apoio da Secretaria de Turismo de Santa Catarina, os eventos traçaram os rumos do turismo voltado para o público da diversidade no Brasil.
A Argentina, muito bem representada, disse porquê é a meca gay na América do Sul. Os Estados Unidos contaram a história do turismo gay por lá e como se tornaramcampeões do seguimento. O Peru, com a agência Lima Tour, trouxe sua história de sucesso como exemplo para nós.
O argentino Alfredo Ferreyra, da Associação Internacional de Turismo Gay e Lésbico (IGLTA) enumerou pontos indispensáveis ao sucesso de quem decide pelo turista gay. "É preciso oferecer privacidade e liberdade para esse público e guiar esse público com mapas, agendas e guias. E mais: oferecer serviços de qualidade"explicou Ferreyra. Ele lembrou ainda que existe um desafio diário nesse setor, o de "diversificar e adaptar a oferta de serviços com qualidade."
Pioneiro em Turismo GLBT na América Latina e embaixador da IGLTA (Associação Internacional de Turismo Gay e Lésbico) na região, Ylan Chrem, da Lima Tours, mostrou o seu exemplo de êxito em dez anos de atuação com o turista gay. "O ponto mais importante no Turism GLBT é a qualidade dos serviços" explicou ele,mas ressaltou que é preciso estar preparado para desafios, sempre "participando de convenções do gênero e conhecendo muito bem o mercado GLBT."
O Fórum contou ainda com a experiência de um brasileiro radicado no Canadá e membro da Câmara Internacional de Comércio Gay e Lésbico, César Machman. Ele destacou um estido feito nos 14 países em que a entidade tem representação. Os dados mostram que, na área de atuação da Câmara, são 55 milhões de consumidores GLBT, o quecorresponde a quinta maior economia do mundo, a Inglaterra.
Ainda segundo estudo da Câmara, o Brasil tem 11 milhões e meio de pessoas GLBT com estimativa de renda individual em torno de R$ 2.400,00. Os dados são de 2007.
EXPERIÊNCIA DOS EUA - Os empresários, agentes de viagens, estudantes de turismo e ativistas aprenderam também com o Fórum o quanto a pesquisa sobre o turismo gay e o seu cliente são fundamentais. O exemplo de eficiência em pesquisas e estratégias turísticas voltadas para esse público foi dada pelo norte-americano Tom Nibio, da IGLTA nos Estados Unidos.
A platéia, que lotou o auditório do Hotel Majestica, na orla de Florianópolis, vibrou com a palestra dele. Não somente porque os americanos são craques em impressionar,seja qual for o setor, mas porque o exemplo deles retrata uma história de sucesso do turismo voltado para gays.
Tom usou a música tema da campanha de Barack Obama na abertura e adotou também o slogan dela: "Yes, We Can" (Sim, Nós Podemos). Ele deu ainda detalhesdesde o surgimento à consolidação do turismo gay nos Estados Unidos.
Ele também mostrou vários estudos com dados sobre a população GLBT (6,8% dos norte- americanos), os 10 principais destinos turísticos dos gays do país dele - entre eles o Brasil, além de um estudo canadense sobre o que a população GLBT de lá gastacom viagens.
"Por que o Brasil e a América do Sul não vão atrás desse dinheiro canadense?" perguntou Tom. São 1 milhão e 700 mil dólares gastos em outros destinos que não sejam o próprio Canadá e os Estados Unidos.

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